*O senhor possui várias ações judiciais em defesa dos vigilantes. Pode explicar como a legislação tem tratado essa categoria?*
R: Como Defensor Público Federal da área trabalhista, tive a oportunidade de defender centenas de vigilantes. Conheço os pormenores da legislação e posso dizer que grande parte dos direitos conquistados ao longo dos anos correm sérios riscos por conta da atual legislação trabalhista que diminuiu direitos e não aumentou a quantidade de vagas no mercado.
*Você recentemente entrou num embate jurídico com a empresa Brasfort por conta da Reforma Trabalhista. O que acha dessa Reforma?*
R: O embate com a empresa Brasfort se deu exclusivamente em razão de equivocada aplicação da Reforma Trabalhista. Algumas empresas de vigilância retiraram o direito ao vale-alimentação e ao plano de saúde, por exemplo, e prejudicou várias famílias que contavam com aquela quantia. Penso que a interpretação jurídica dada por essas empresas colide diretamente com a Constituição.
*O que precisa ser mudado para beneficiar os trabalhadores vigilantes?*
R: Muita coisa precisa ser mudada para proteger os trabalhadores. O fim da ultra-atividade das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) prejudicou aproximadamente 2 milhões de vigilantes. Além disso, desestimula as empresas ou sindicatos patronais de realizarem acordo coletivo de trabalho porque são beneficiados com a ausência de Acordo.
Assim, temos de retomar a ultra-atividade e manter os direitos dos trabalhadores. Temos de assegurar também os tíquetes-alimentação e planos de saúde à categoria dos vigilantes.
*O senhor é candidato a deputado Federal por qual partido?*
R: Estou candidato pelo Avante, um partido remodelado e Defensor de direitos sociais, com o número 7070. Tem até um mnemômico que todos fazem “Cê tenta, Cê tenta, e se não der certo, Cê tenta de novo”. O Avante me deu ampla liberdade para sempre defender os trabalhadores.